sábado, 1 de dezembro de 2012

Crise financeira na Europa


Foto: Site Econômico
      A crise financeira na zona do euro ocorreu, basicamente, por problemas fiscais. Alguns países gastaram mais dinheiro do que arrecadaram, em impostos, nos últimos anos, é o caso da Espanha, Grécia, Itália, Irlanda e Portugal. Para se financiar, passaram a se amontoar em dívidas, assim, a razão dívida/PIB de muitas nações ultrapassou o limite de 60% estabelecido pelo Tratado de Maastricht, que criou a zona do euro. A economia grega é o exemplo mais grave de descontrole, a razão dívida/PIB, é mais que o dobro do limite estabelecido.
 
      O bloco europeu não consegue regular sua política fiscal, porque, apesar de possuir um órgão responsável pela política monetária, o Banco Central Europeu (BCE), que determina metas de inflação e fiscaliza a emissão de euros, a União Européia não tem em disposição uma instituição que monitore e regule os gastos públicos dos países membro. Dessa forma, tarda o descobrimento do abandono governamental, e quando acontece, não há punição.
 
      Para evitar o desmoronamento do euro, dois pacotes de ajuda foram aprovados, com o objetivo de ganhar tempo para reorganizar as contas dos países mais endividados. O primeiro pacote foi voltado unicamente à Grécia e somou aproximadamente 110 bilhões de euros. O segundo foi a formação de um fundo emergencial de 750 bilhões de euros e qualquer país da zona do euro poderia recorrer a ele.
 
      Segundo o vice-presidente sênior da Moody’s, Filippe Goossens, se a crise na Europa piorar, pode prejudicar o Brasil. A piora pode ocorrer mesmo a Grécia permanecendo na zona do euro, pois há outros problemas para serem resolvidos em outros países. Para ele, o Brasil seria atingido por três canais: corte na liberação de crédito por bancos europeus a empresas que atuam no país, diminuição das exportações, do consumo e de investimentos de companhias.
     
      Em entrevista, o presidente da Ricam consultoria, Ricardo Amorim, fala sobre o assunto. Confira no link abaixo:

                               http://www.youtube.com/watch?v=ZuDeK8bV2Uw
 
 
 
 
Fonte: Veja, Estadão, Blog do Reinaldo

 
           

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